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uma-coisa (2014-2015), em parceria com Agda Carvalho

O objeto uma-coisa traz a discussão sobre a singularidade dos ruídos corpóreos, captados e ampliados no espaço expositivo. Ao monitorar a visceralidade e construir sonoridades e visualidades no espaço, uma-coisa propõe discutir mecanismos processuais e aspectos perceptivos do usuário, enquanto ele se movimenta e dialoga com o artefato vestível. Enquanto performance, apontou-se possibilidades através da vivência do público, que são discutidas aqui em três manifestações corpóreas: “corpo-bicho”, “corpo-dispositivo” e “corpo-coisa”.

O corpo-dispositivo elabora assim a leitura dos sinais da presença do outro no espaço e instaura territórios sonoros, para que se negociem os planos de ocupação. Estes sinais são adicionados ao arquivo de uma-coisa. Para cada usuário que vivencia o artefato, acumulam-se sons que interferem na representação visual no espaço. O corpo-coisa é o acontecimento, em resposta à produção do movimento físico 'kiai'– pelo(a) performer; na medida em que a respiração é determinante, sons corpóreos, como os batimentos cardíacos, serão monitorados, registrados e visualmente apresentados. Os sons de uma-coisa são acúmulos das respostas sonoras dos indivíduos que a vivenciam. Na totalidade da situação corpo-bicho e corpo-dispositivo surge o corpo-coisa, que apresenta, por essas condições, as respostas corporais e sensórias do indivíduo.

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